Existem muitas prisões, de uma forma filosófica, existe a imagem pré-concebida da realidade prisional, isto por si só já é um funilamento do próprio pensamento, existe a realidade prisional dos srs guardas prisionais, existe a realidade prisional dos srs que decidem o futuro dos presos (directores, irs, educadores,etc), existe a realidade prisional dos políticos e existe uma realidade prisional de quem a vive e que a sua voz é a mesma como gritar no vácuo.
A prisão é um local castrador, é um local esquisofrénico, é um sistema parasitário que vive do mal dos mais desfavorecidos, é um local onde o tempo deixa de ter significado.
A prisão é um local que está completamente divorciado da própria sociedade, quando deveria ser o oposto, a sociedade deveria exigir um escrutinio rigoroso de como são levados a cabo a regeneração dos criminosos, pois estes criminosos presos são os criminosos do futuro, mais perigosos, mais frustrados, mais revoltados e despromovidos de qualquer tipo de esperança. Não fosse a taxa de reincidentes nas prisões portuguesas de 46%, algo está muito mal.
A prisão é um local frio e solitário